PUBLICAÇÕES



Na nossa página de publicações sobre mastologia, você encontrará as principais diretrizes, artigos, entrevistas, estudos e reportagens com a participação de opinião do mastologista Dr. Ricardo Queiroga. Sendo assim, você poderá encontrar dados e pesquisas aprofundadas sobre os temas que envolvem cirurgia, amamentação, câncer de mama, ginecomastia, entre outros.

Formado em medicina, Dr. Ricardo possui especialidade na saúde das mamas, e é Membro da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e da Câmara Técnica do CREMERJ. Além de grande experiência de atuação prática nesse mercado, possui um vasto conhecimento que lhe compete o conhecimento teórico para opinar quanto aos estudos indicados. Desse modo, a leitura desses tópicos é recomendada a todos que desejam se informar mais sobre o câncer de mama, e adotar hábitos mais saudáveis. Até mesmo porque, existem muitos mitos e verdades que são esclarecidos nessas publicações e são dúvidas para algumas pessoas. A ideia é que esses materiais possam servir não apenas para embasar outros trabalhos, pesquisas e estudos, mas também gerar conteúdo para quem deseja saber mais sobre o tema. Portanto, indicamos que todo o público feminino e masculino se informe com publicações sobre mastologia, a fim de prevenir doenças como o câncer de mama.

Além disso, é importante destacar que essas atividades devem ser tomadas desde cedo. Em primeiro lugar, visando a melhor contribuição para a saúde. Em segundo lugar, para um diagnóstico precoce e possibilidade de tratamento efetivo. Além da contribuição no aspecto da relevância da informação - que deve ser de utilidade pública - também guardamos dicas muito importantes nas publicações sobre mastologia. Quanto às principais e mais frequentes dúvidas e curiosidades no que se refere à saúde das mamas, explicamos na nossa página de F.A.Q. Além disso, são produzidos conteúdos com frequência no nosso blog e distribuídos nas redes sociais.

O próprio Instituto Nacional de Câncer (INCA) fornece informações e uma boa base de artigos para quem deseja ter uma melhor compreensão sobre o câncer de mama. Por isso, também recomendamos o site como apoio ao tema. A ideia é que assuntos como amamentação, técnicas específicas, exames de rotina e as próprias mamografias sejam mais discutidos. Desse modo, poderá fazer parte e evitar possíveis consequências futuras.

Sendo assim, as publicações sobre mastologia não devem ser descartadas no nosso dia a dia. Porém, no que envolve as questões individuais e específicas dos pacientes, devem ser associadas às consultas médicas para melhores resultados. Até mesmo porque, o objetivo é prevenir e promover saúde em primeiro lugar. A partir de agora, você pode encontrar uma série de dicas e publicações relevantes que selecionamos sobre assuntos mais complexos. Veja a seguir:

Dr. Ricardo Queiroga (Mastonews - SBMRJ)

De acordo com pesquisa publicada no jornal da FASEB (Federação das Sociedades Americanas para Biologia Experimental) em maio de 2017, a irradiação repetida no tecido adiposo da mama produz uma resposta inflamatória que, em última instância, reduz a eficiência da radioterapia em pacientes com câncer de mama. Esta pesquisa baseou-se em uma descoberta recente de que existe uma interação inflamatória entre tumores mamários e tecido adiposo. “Pacientes freqüentemente recebem um total de 25 sessões, diárias, de radioterapia em toda a mama após o tratamento cirúrgico. Esta medida visa garantir que todas as células restantes de câncer de mama sejam destruídas”, disse David N. Brindley, Ph.D., professor no Departamento de Bioquímica da Universidade de Alberta do Canadá. Durante este tratamento, o tecido adiposo libera autotaxina, uma enzima que inicia uma resposta de cicatrização de ferida. Esta resposta acaba protegendo as células cancerosas remanescentes, permitindo que os tumores se estabeleçam e resistam ao tratamento. Para testar essa idéia, Brindley e colaboradores expuseram o tecido adiposo de ratos e humanos às doses de radiação esperadas durante a radioterapia. A radiação produziu um aumento na autotaxina e uma resposta inflamatória de cicatrização de feridas. Os pesquisadores identificaram vários agentes que poderiam ser usados para bloquear a inflamação e diminuir a resposta de cicatrização de feridas, o que eles esperam que possa melhorar a eficácia da radioterapia. “Esta é uma descoberta potencialmente importante em relação à eficácia da radioterapia no câncer de mama”, disse Thoru Pederson, Ph.D., editor chefe do The FASEB Journal.

Dr. Ricardo Queiroga (Mastonews - SBMRJ)

A droga metformina, globalmente prescrita para tratar diabetes tipo 2, protege as células de câncer de mama de desenvolver resistência a múltiplos fármacos (RMF) e pode reverter a mesma após a sua aparição. Este estudo foi publicado na revista PLOS ONE pelo Dr. Terra Arnason da Universidade de Saskatchewan, Canadá. Estudos anteriores mostraram que a metformina possui alguma atividade antiproliferativa contra múltiplos tipos de células cancerígenas. Além disso, estudos de meta-análise clínica em pacientes com câncer que já tomam metformina para tratar diabetes têm sugerido que o medicamento possa aumentar a sobrevida e prevenir o surgimento de novos tumores. Arnason e colaboradores avaliaram o efeito da metformina na linhagem celular de câncer de mama mais estudada, a MCF7. Eles descobriram que a metformina teve um efeito antiproliferativo na MCF7, incluindo as células que eram resistentes ao quimioterápico Doxorrubicina. Quando as células foram pré-tratadas com metformina, o desenvolvimento da resistência ao fármaco foi prevenido ou atrasado. Além disso, experiências realizadas em culturas de células e/ou modelos animais de câncer de mama agressivo revelaram que a metformina reverteu marcadores de proteínas associados à RMF após o seu início. Esses achados estabelecem que a metformina tem o potencial de reverter a RMF na linhagem celular estudada e prevenir seu início. Pesquisas futuras precisarão estender o cronograma do estudo para acompanhar as células cancerosas por muitos meses e determinar se o efeito da metformina é permanente ou de curta duração

Dr. Ricardo Queiroga (Mastonews - SBMRJ)

A vitamina D é bem conhecida por seus benefícios na construção de ossos saudáveis. Um novo estudo apoia a ideia de que ela também possa reduzir o risco de câncer, bem como a mortalidade pelo mesmo, especialmente em mulheres com um menor índice de massa corporal. Os resultados do estudo foram publicados na revista Menopause. O câncer de mama continua sendo o câncer mais comum em mulheres no mundo e é a principal causa de morte por câncer no sexo feminino. Estima-se 60.000 novos casos de câncer de mama no Brasil em 2018. Alguns fatores de risco são bem conhecidos: menarca precoce, menopausa tardia, idade mais tardia na primeira gravidez, nuliparidade, obesidade e histórico familiar. O papel da concentração de vitamina D no desenvolvimento do câncer de mama, no entanto, continua a ser explorado. As principais fontes alimentares de vitamina D são os carnes, peixes e frutos do mar, como salmão, sardinha e mariscos, e alimentos como ovo, leite, fígado, queijos e cogumelos. Além dos alimentos, a principal fonte desta vitamina é a sua produção na pele a partir da exposição dos raios do sol, sendo importante tomar banho de sol diariamente, durante cerca de 15 minutos, sem usar protetor solar. Para pele morena ou negra, esse tempo deve ser de 45 minutos a 1 hora por dia, pois quanto mais escura a pele, mais difícil é a produção de vitamina D Este estudo envolveu mais de 600 mulheres brasileiras e sugeriu que a vitamina D pode reduzir o risco de câncer por inibir a proliferação celular. Pesquisadores envolvidos no estudo concluíram que as mulheres na pós-menopausa tinham um risco aumentado de deficiência de vitamina D no momento do diagnóstico de câncer de mama, associadas a taxas mais altas de obesidade, do que as mulheres do mesmo grupo etário sem câncer. Estudos similares, também já demonstraram uma relação entre a vitamina D e a mortalidade por câncer de mama. As mulheres no quartil mais alto de concentrações de vitamina D, na verdade, tiveram 50 % menos mortes por câncer de mama do que aquelas no quartil inferior, sugerindo que os níveis de vitamina D devem ser restaurados para uma faixa normal em todas as mulheres com câncer de mama. “Embora a literatura publicada seja inconsistente sobre os benefícios dos níveis de vitamina D e câncer de mama, este estudo e outros sugerem que níveis mais altos de vitamina D no corpo estão associados a menor risco de câncer de mama”, diz a Dra Joann Pinkerton diretora executiva da sociedade norte-americana de menopausa. ”A vitamina D pode desempenhar um papel no controle das células do câncer de mama ou impedi-las de crescer” sugere a pesquisadora.

Dr. Ricardo Queiroga (Mastonews - SBMRJ)

Em junho deste ano, foi publicado na revista JAMA Oncology um artigo que compara os resultados da combinação de mamografia associada a exames de ressonância magnética (RM) ou ultrassonografia (US) em pacientes previamente tratadas de câncer de mama. Cabe ressaltar que estas foram submetidas à cirurgia conservadora seguida de radioterapia e a idade do diagnóstico ocorreu aos 50 anos ou menos. Mulheres tratadas com cirurgia conservadora da mama e radioterapia permanecem com maior risco de um segundo caso de câncer de mama, que pode ser uma recidiva local ou um novo primário. O estudo multicêntrico, prospectivo, observacional, não randomizado, liderado por Woo Kyung Moon, M.D, da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional de Seul, República da Coréia, incluiu 754 mulheres. Mamografia, ultrassonografia e RM das mamas foram realizadas, anualmente, em ambas as mamas. A duração do estudo foi de três anos totalizando 2.065 exames. Destes, 752 foram realizadas no primeiro ano, 689 no segundo e 624 no terceiro. Dentre os critérios de inclusão para o estudo deve-se ressaltar: idade maior que 20 anos e menor que 50 anos no diagnóstico inicial do carcinoma (in situ ou invasivo); margens livres definida como sem tinta no tumor; término da radioterapia seis meses antes do estudo; mulheres sem relato de biópsia seis meses antes do estudo; ausência de metástase ou mastectomia contralateral; gravidez ou lactação em curso. Os autores relataram que 17 casos de câncer foram diagnosticados em 17 mulheres (2,3%): 12 no primeiro ano, três no segundo e dois no terceiro. Todos foram detectados por um dos três métodos de imagem. Nenhum caso foi descoberto através do exame físico, ou durante o intervalo entre os exames ou até 12 meses após término do mesmo. Dos 17 casos, 10 (58.8%) localizavam-se na mama ipsilateral, 7 (41,2%) na contralateral, e 13 (76,5%) eram do estadio 0 ou 1. Um caso (5,9%) apresentava micrometastases, e 10 (58,8%) eram carcinoma invasivo com tamanho variando entre 10,5-14,5 mm. Outro ponto a ser destacado foi o grau de agressividade tumoral, 12 (70,6%) eram receptores de estrogênio/progesterona negativos e/ou receptores HER2 positivos. A adição da RM no rastreio associado a mamografia detectou 3,8 cânceres adicionais por 1.000 mulheres quando comparado a mamografia isoladamente e a adição de ultrassonografia à mamografia detectou 2,4 cânceres adicionais. Limitações ao estudo incluem: ausência do grupo controle para comparação com mulheres submetidas à mamografia isoladamente; 17 mulheres eram BRCA positivas, e duas destas tiveram câncer novamente, o que pode ter superestimado os resultados. Os autores também não puderam avaliar a relação custo-eficácia e o efeito do rastreio usando ressonância magnética ou ultra-sonografia em benefício de sobrevida livre de doença. “Após terapia conservadora de câncer de mama, em mulheres com 50 anos ou menos, a adição de ressonância magnética ao rastreio mamográfico anual melhora a detecção de câncer de mama em estágio inicial, com especificidade aceitável, principalmente em tumores biologicamente agressivos. Resultados deste estudo pode nortear a tomada de decisão do paciente sobre os métodos de triagem após terapia conservadora mamária.”, conclui o artigo. Opinião pessoal: RM pode ser uma ferramenta útil em pacientes jovens (<50anos) com tumores triplo negativos ou HER2 positivo, BRCA positivas, principalmente no primeiro ano pós tratamento conservador.

Dr. Ricardo Queiroga (Mastonews - SBMRJ)

De acordo com um estudo publicado na revista JAMA, pesquisadores analisaram cerca de 10.000 mulheres com as mutações genéticas BRCA 1 ou BRCA 2 com o intuito de estimar o risco específico de câncer de mama ou ovário entre elas. O manejo clínico “ótimo” em mulheres com mutações BRCA1 e BRCA2 depende de estimativas específicas do risco de desenvolver câncer de acordo com a idade. Através dessas informações poderemos implantar estratégias preventivas e de rastreamento mais eficazes. Antonis C. Antoniou, Ph.D., da Universidade de Cambridge, Inglaterra, e colaboradores, incluíram na análise 6.036 portadoras de mutação BRCA1 e 3.820 portadoras de mutação BRCA2 (5.046 não afetadas e 4.810 com câncer de mama ou de ovário ou ambos à admissão no estudo). Durante seguimento médio de 5 anos, 426 mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama, 109 com câncer de ovário e 245 com câncer de mama contralateral (câncer na mama oposta após um ano do diagnóstico inicial). Entre as descobertas dos pesquisadores devemos destacar: O risco cumulativo de câncer de mama para 80 anos foi de 72% para BRCA1 e 69% para portadores de BRCA2. As incidências de câncer de mama aumentaram rapidamente no início da idade adulta até as idades entre 30 e 40 anos para BRCA1 e até as idades entre 40 e 50 anos para os portadores de BRCA2, posteriormente permaneceu constante até a idade de 80 anos. O risco cumulativo de câncer de ovário para idade 80 anos foi de 44 % para BRCA1 e 17 % para portadores de BRCA2. Para o câncer de mama contralateral, o risco cumulativo 20 anos após o diagnóstico de câncer de mama foi de 40% para BRCA1 e 26% para portadores de BRCA2. O risco de câncer de mama aumentou com o aumento do número de familiares de primeiro e segundo grau diagnosticados como tendo câncer de mama tanto para portadores BRCA1 como para BRCA2. O risco de câncer variou por localização de mutação dentro do gene BRCA1 ou BRCA2. Limitações ao estudo incluem: dados sobre o fenótipo tumoral não estavam disponíveis; embora houvesse variação no risco de câncer para portadoras de mutação devido a história familiar de câncer, a amostra do estudo não foi identificada através da triagem populacional de mulheres não afetadas; portanto, as estimativas globais podem não ser diretamente aplicáveis ​​a essas mulheres. “Os resultados indicam que o histórico familiar é um fator de risco forte para os portadores de mutação e que os riscos de câncer variam de acordo com o local da mutação, sugerindo que o aconselhamento individualizado deve incorporar tanto a história familiar quanto a localização da mutação”, escrevem os autores. Opinião pessoal: A combinação de recursos genéticos com a consagrada anamnese é fundamental no manejo das pacientes com mutação BRCA1/2.

Dr. Ricardo Queiroga (Mastonews - SBMRJ)

A detecção de certas lesões de mama não cancerosas de alto risco pode levar ao tratamento cirúrgico em mulheres, porém um dos maiores estudos de um tipo específico de lesão de alto risco, a Atipia Epitelial Plana (AEP), reivindica uma observação rigorosa, em vez da remoção cirúrgica. O trabalho foi publicado em outubro deste ano, no Journal of the American College of Surgeons. O estudo envolveu uma revisão dos registros médicos de 208 pacientes diagnosticados com AEP ao longo de um período de nove anos e descobriu que, após mamografia, biópsia e cirurgia, cinco casos (2,4%) foram reclassificados para câncer de mama na cirurgia, enquanto 30% foram reclassificados para uma lesão de mama de maior risco, mas não cancerígena. “Nosso estudo é um dos maiores estudos publicados sobre os resultados das lesões AEP puras”, disse o autor principal Leslie Lamb, MD, MSc, do Massachusetts General Hospital (HGM) e Harvard Medical School. Os cinco casos atualizados para o câncer foram diagnosticados como câncer de mama não invasivo (carcinoma ductal in situ), e nenhum deles foi atualizado para o câncer de mama invasivo, disse Lamb. AEP é um tipo de lesão mamária de alto risco. Outros tipos incluem Hiperplasia Ductal Atípica (HDA), Carcinoma Lobular In Situ (CLIS) e Hiperplasia Lobular Atípica (HLA). “Os resultados de patologia na biópsia com agulha são considerados de alto risco se houver células atípicas, mas não células cancerígenas presentes”, explicou a co-autora Michelle Gadd, MD, FACS, do Departamento de Oncologia Cirúrgica da HGM. “Quando as lesões de alto risco são extirpadas pelo cirurgião da mama, e são encontradas algumas células cancerígenas adjacentes, elas são reclassificadas para câncer na cirurgia”.  Lamb e colaboradores focaram na AEP porque estudos prévios mostraram ampla variabilidade nas taxas de progressão, variando de 0 a 40 por cento. “Esta ampla variabilidade levou à incerteza de sua significância e gerenciamento clínico e levou a cirurgias desnecessárias de lesões AEP que não estão associadas ao câncer”, disse Lamb. O objetivo dos pesquisadores era desenvolver uma maneira de avaliar o risco de câncer em mulheres com lesões AEP puras. Estudos anteriores da AEP foram limitados por suas pequenas populações de estudo, viés na seleção de pacientes e variações nas taxas de cirurgia para AEP. No HGM, todos os pacientes com biópsia de AEP são submetidos a excisão da lesão, o que permite “relatórios relativamente imparciais de taxas de progressão”, observam os autores do estudo. Algumas lesões têm um risco maior do que outras de progressão para câncer na cirurgia. A HDA, por exemplo, tem aproximadamente uma taxa de progressão de 20%, afirmam os autores. Quando uma lesão na mamografia é suspeita, uma biópsia guiada por imagem é tipicamente o próximo passo no processo de diagnóstico. No geral, 10% a 15% dessas biópsias resultam em lesões de alto risco, observou o co-autor Manisha Bahl, MD, MPH, do Departamento de Radiologia da HGM.. As mulheres com HDA, CLIS e HLA têm um risco de vida maior de desenvolver câncer de mama do que mulheres sem lesões de alto risco, explicou Bahl. “Portanto, alguns acreditam que é importante saber se uma paciente possui uma dessas lesões de maior risco, a fim de orientar decisões sobre se ela é ou não candidata a quimioprevenção” – isto é, utilizar medicamentos que reduzem o risco de desenvolver câncer , ela disse. A mamografia, o método mais eficaz para diagnosticar câncer de mama no início, tem suas limitações, observou Bahl. Isso pode resultar em falsos positivos que leva a biópsias e operações desnecessárias. O pequeno número de progressão da AEP para câncer no estudo impediu os pesquisadores de identificar preditores clinicamente confiáveis, disse Bahl. “Descobrimos que o único fator de risco associado a um maior risco de atualização para câncer na cirurgia foi a presença de uma mutação genética associada ao câncer de mama, no entanto, tivemos apenas três pacientes com mutações genéticas conhecidas em nosso estudo”, disse ela.  Constance D. Lehman, MD, PhD, autor sênior do artigo e diretor de imagem de mama em MGH, concordou. “A vigilância, ao invés de cirurgia, é uma boa opção para mulheres com lesões AEP que não possuem mutação genética e não estão interessadas em quimioprevenção”, afirmou. Em novembro de 2016, a American Society of Breast Surgeons (ASBS) publicou diretrizes recomendando a observação de lesões AEP puras com acompanhamento clínico e de imagem. “Nossos resultados apoiam essas recomendações dado o baixo risco geral de progressão para malignidade”, disse Lehman.

Dr. Ricardo Queiroga (Mastonews - SBMRJ)

Pesquisadores da Universidade de Illinois, juntamente com colaboradores da Digital Artefacts em Iowa, e Northeastern University em Boston, analisaram a associação entre atividade física, fadiga e desempenho em tarefas cognitivas em cerca de 300 sobreviventes de câncer de mama. “Os dados sugerem que ser mais ativo fisicamente poderia reduzir dois dos sintomas mais comumente relatados em sobreviventes de câncer de mama: fadiga e comprometimento cognitivo”, segundo o líder do estudo Edward McAuley, professor de cinesiologia e saúde da família em Illinois. “A maioria das pessoas pensa: ‘Se eu me exercitar, vou ficar cansado’. Em nosso estudo, o exercício, na verdade, foi associado à redução da fadiga, que, por sua vez, foi associada a uma melhor função cognitiva. ” O comprometimento cognitivo, como problemas de memória ou períodos de atenção encurtados, é uma queixa comum entre pacientes com câncer e sobreviventes, e acredita-se que seja similar ao declínio devido ao envelhecimento. Pesquisas anteriores em Illinois exploraram o efeito da aptidão física no declínio cognitivo relacionado à idade, de modo que os pesquisadores se perguntaram se os sobreviventes de câncer responderiam de forma semelhante ao exercício. “Outros estudos de sobreviventes de câncer tinham como base pequenas amostras de sobreviventes de câncer e usaram medidas de atividade física e funções cognitivas que podem ser muito tendenciosas”, disse a pesquisadora pós-doutora Diane Ehlers, a primeira autora do estudo que fora publicado na revista Breast Cancer Research and Treatment. “O que torna o nosso estudo inovador é que tínhamos medidas objetivas para a atividade física e desempenho cognitivo, e uma amostra nacional de sobreviventes de câncer de mama.” Os pesquisadores trabalharam com a Digital Artefacts – desenvolvedora do aplicativo comercial de neurociência BrainBaseline – para criar um aplicativo para iPad adaptado a este estudo. O aplicativo incluiu questionários e atividades destinadas a medir habilidades