Fazer mamografia

Rastreamento do câncer de mama com tomossíntese é mais eficiente do que mamografia digital?

Quando é preciso fazer um rastreamento do câncer de mama existe a dúvida qual método é mais eficiente: Tomossíntese ou mamografia digital?

Para saber a resposta disso é necessário saber do que se trata cada um, para que servem e quais as suas diferenças. Depois disso, será mais fácil conseguir identificar qual é o tipo de exame que apresenta uma melhor eficácia.

Desse modo, a seguir, saberemos um pouco mais sobre o que são a tomossíntese e a mamografia digital e a importância delas ao rastreamento do câncer de mama.

  

O que são tomossíntese e mamografia digital?

Aparelho mamografia e Tomossíntese
Aparelho mamografia e Tomossíntese

A mamografia é um exame em que aparece a imagem completa da estrutura das mamas, possibilitando visualizar a anatomia, possíveis nódulos e cistos que podem ser rastreados para detectar o câncer de mama.

Na mamografia digital este exame é feito em ambas as mamas e oferece imagens processadas em dispositivo digital.

A visualização do exame é feita através do computador em que ao ampliar imagens é possível trabalhar de formas distintas, fornecendo uma melhor qualidade de precisão do resultado.

A Tomossíntese ou Mamografia 3D é uma avançada aplicação da mamografia digital que permite uma melhor sensibilidade no exame. Através dela pode-se reproduzir imagens de cortes finos de alta resolução, de aproximadamente 0.5 mm de espessura (planos) e 10 mm (blocos). 

Isto faz com que se consiga uma visualização tridimensional da mama, reduzindo a possibilidade de resultados falso-positivos e também efeitos de sobreposição da imagem em mamas densas.

Além disso, oferece uma melhor definição de microcalcificações e nódulos quando comparamos com a mamografia 2D, aumentando, assim, a fidedignidade da área que o médico analisará.

O equipamento que se utiliza para realizar a tomossíntese é semelhante a um mamógrafo, possuindo um tubo de raios-X que oferece várias imagens bidimensionais em ângulos diversos da mama.

É possível, portanto, reconstruir toda a mama digitalmente através de imagens, com fatias de 1 mm de espessura. Desse modo, esse novo método aumenta a precisão para conseguir um diagnóstico melhor para o câncer de mama.

 

Médica mostrando resultados
Médica mostrando resultados

 

 

 

 

Saiba mais sobre as diferenças entre mamografia digital e tomossíntese.

 

Tanto a mamografia digital como a tomossíntese oferecem imagem tridimensional da mama através do raio-x.

A diferença entre as duas é que a mamografia obtém imagens de diferentes ângulos de cima para baixo e perfil.

Já a tomossíntese consegue visualizar diversas imagens realizando a reconstrução tridimensional das mamas. Isso possibilita uma qualidade melhor, reduzindo efeitos de sombra que aparecem na mamografia, por exemplo.

Nos dois exames é preciso comprimir a mama. A tomossíntese possui melhor capacidade de diagnóstico do que a mamografia principalmente em relação às mamas densas.

O equipamento utilizado para a tomossíntese, portanto, é o mesmo da mamografia tradicional. A diferença entre os dois métodos está na forma como a imagem é capturada. Na mamografia digital a imagem é bidimensional (2D) e na tomossíntese ela é em 3D. 

Ela aumenta as chances de identificar o câncer de mama em pelo menos 30%, principalmente os tumores presentes em mamas heterogêneas e densas. Por este motivo, considera-se esse método um avanço tecnológico surpreendente.

Desse modo, pode-se dizer que a principal diferença entre os dois métodos é que a tomossíntese é um exame mais detalhado que possibilita visualizar detalhes que na mamografia digital 2D nem sempre se consegue perceber.

 

 

Tem diferença na radiação entre os dois métodos?

 

Os índices de radiação caso o médico solicite a mamografia 2D sintetizada e a tomossíntese podem ser menores até do que quando se compara a mamografia comum.

Já se o especialista da área médica pedir a mamografia não sintetizada esses índices podem aumentar um pouco, contudo sempre abaixo do limite que os órgãos reguladores estipulam, como por exemplo, a Food And Drug (FDA).

Conforme a Sociedade Brasileira de Mastologia a média de radiação é de 0,3 MSV.

Depois que se comprime a mama entre as duas placas utiliza-se um feixe de raios-X de baixa energia para obter a imagem desse exame .

Pode-se afirmar, portanto, que esse exame é seguro em ambos os métodos. Se forem combinados, o risco de alta radiação é ainda menor, sendo realizado sempre dentro do permitido pelos órgãos reguladores.

 

 

Qual é o método mais eficiente: Tomossíntese ou mamografia digital 

 

A identificação de nódulos nas mamas densas é uma limitação da mamografia digital convencional. Muitas vezes, as lesões ficam ocultas. Com o exame em 3D (tomossíntese mamária), é possível avaliar a mama em diversas ‘fatias’. Este tipo de avaliação é mais eficaz, dando destaque aos nódulos e outras alterações.

A visualização da mama é tridimensional (3D), sendo fornecidas imagens espaçadas de 1 mm de espessura e reconstruídas com métodos semelhantes ao da reconstrução da tomografia computadorizada.

Devido à fina espessura das diversas imagens que se adquire, elas possuem muitos detalhes, possibilitando a identificação de tumores mais facilmente. Evita-se ainda que os confundam com a sobreposição de estruturas glandulares, o que pode provocar falsos positivos.

Uma das principais vantagens da tomossíntese refere-se à redução na sobreposição do tecido fibroglandular, o que facilita o diagnóstico do câncer de mama mesmo quando o tumor ainda é pequeno.

 Com a finalidade de que fiquem visíveis todas as estruturas. captura-se as imagens  por diversos ângulos É possível ainda fragmentá-las, avaliando cada parte da mama separadamente. Este processo facilita, assim, o diagnóstico precoce com resultados mais detalhados.

Segundo alguns estudos, esse exame aumenta em até 45% a identificação deste tipo de câncer. Isto ocorre mesmo em mamas densas, que são aquelas que possuem mais predominância de tecido glandular sobre o tecido gorduroso.

A soma dos dois tipos de métodos, entretanto, consegue oferecer ao especialista que vai analisar as imagens uma visão mais precisa da lesão.

Sendo assim, para saber qual seria o melhor método é preciso considerar a possibilidade de utilizar os dois como complemento um do outro. Isto permitiria, então, uma análise mais completa e detalhada das imagens com menos incidência de falsos negativos e positivos.