O câncer de mama é um tipo de doença muito comum entre as mulheres. Sobre esse tipo de câncer, sabe-se que diversos aspectos genéticos, ambientais e estilo de vida da pessoa estão relacionados à doença.
A obesidade, porém, vem contribuindo para o aumento da incidência do câncer de mama no mundo todo. As neoplasias mamárias do tipo hereditário correspondem cerca de 5% a 10%, dentre os casos, e pessoas obesas têm até 50% mais chances de desenvolver algum tipo de câncer durante a vida.
Mesmo com o alto índice da doença, devido ao sobrepeso, a maioria da população desconhece o fato da obesidade estar ligada à doença. Saiba mais.
Como a obesidade está relacionada ao câncer de mama
Ter hábitos saudáveis e uma boa alimentação, são fatores importantes no combate a muitas doenças. Segundo a (OMS), cerca de 2,3 bilhões de pessoas estão obesas ou com sobrepeso.
A obesidade atingiu altas proporções rapidamente nos últimos anos em todo o mundo e contribui para o aumento de vários tipos de câncer, dentre eles, o tumor de mama.
O excesso de peso provoca um estado de inflamação crônica no corpo. Isso ocorre porque o sistema imune se prepara para conter o excesso de gordura.
O problema, no entanto, é que esse mecanismo de defesa do corpo também pode atacar as células saudáveis, assim contribuindo para um crescimento desordenado da célula. Ou seja, o câncer mamário.
Além da inflamação crônica, outros processos biológicos explicam a relação entre obesidade e o câncer das mamas. Como o aumento da secreção de substâncias pró-inflamatórias e o aumento de vasos sanguíneos decorrentes do sobrepeso.
Pois esses fatores são utilizados pelos tumores para receberem oxigênio e nutrientes, a mudança na microbiota intestinal e a maior secreção de insulina com fatores inflamatórios, podem favorecer a proliferação de células cancerígenas.
Apesar de todas essas evidências, são poucos os brasileiros que conhecem a relação entre as duas condições. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica mostrou que uma em cada quatro pessoas desconhecem a relação entre câncer e sobrepeso.
Como diagnosticar o câncer de mama em uma paciente com sobrepeso
Mulheres com (IMC) elevado ou com a mamária densa, são mais difíceis de diagnosticar devido ao alto volume da mama, assim como, também podem ter o diagnóstico mais tardio. Uma vez que, devido a essa condição, os nódulos só são detectados quando chegam a 2cm.
Esse parâmetro é muito importante, pois é o que separa o estágio 1 do 2 do câncer. Além disso, trata-se do tamanho em que o nódulo se torna palpável, o que favorece o diagnóstico precoce da paciente.
Portanto, a densidade da mama é o que dificulta o diagnóstico da doença ,mas também algumas mulheres sem a comorbidade podem apresentar esse problema. Pois a mama densa não tem sensibilidade e assim fica mais difícil rastrear o tumor.
Então, quem precisa de uma atenção maior são mulheres com a mama densa, sendo elas obesas ou não, segundo médicos mastologistas.
Por outro lado, já se sabe que o peso excessivo e o sedentarismo são fatores de risco para essa neoplasia, o que aumenta o alerta para mulheres que estão com índice de massa corporal elevado. A recomendação é que a pessoa tenha um peso corporal adequado para diminuir o risco do câncer.
A obesidade pode causar metástase
A obesidade está relacionada com inúmeras alterações no organismo que podem afetar o diagnóstico do câncer de mama. Uma dessas alterações, é o aumento dos níveis de estrogênio circulante e o alto nível de insulina. Esses são um estímulo à mitose e isso pode contribuir no crescimento das células tumorais.
A obesidade, por ser um estado inflamatório do corpo, contribui para liberação de mediadores inflamatórios, tais como, proteína C reativa e o fator de necrose tumoral alfa. Esses que podem promover o crescimento do tumor.
A razão para tal, é o temor de toxicidade excessiva, porque a dose é calculada se baseando no peso real. Por este motivo, é comum que os oncologistas utilizem reduções das doses.
Algumas características comportamentais estão relacionadas a obesidade, como menor realização de mamografia e atraso em procurar atendimento médico.
Estão relacionadas a obesidade algumas características comportamentais, como menor realização de mamografia e atraso em procurar atendimento médico.
Os dados até agora disponíveis, sugerem estarmos diante de um fator modificável, esse que pode influenciar no sucesso de cura das pacientes. Portanto, a melhor forma de prevenção continua sendo hábitos saudáveis e consultas com mastologista após os 35 anos de idade, ou se notar alguma anormalidades nas mamas.
Como tratar o câncer de mama em mulheres com sobrepeso
Câncer de mama em mulheres obesas é mais difícil, como sabemos devido há inúmeros fatores. Mas assim que a paciente recebe o diagnóstico do mastologista ou oncologista, caso haja indícios da doença, imediatamente o profissional começa um plano para tratar a doença da melhor forma possível.
Então, o tratamento terá a finalidade de cura ou alívio dos sintomas da doença. Porém o tratamentos com medicamentos, quimioterapia, radioterapia e cirúrgicos podem provocar efeitos colaterais que variam de paciente para paciente dependendo de múltiplos fatores, podendo ser diferentes quanto a intensidade e duração.
Algumas pacientes poderão apresentar efeitos colaterais mais severos, outros mais leves ou mesmo não apresentar qualquer efeito colateral.
A perda de peso é um fator comum nas pessoas com câncer e, muitas vezes, é o primeiro sinal perceptível da doença. Cerca de 40% das pessoas apresentam perda de peso ao serem diagnosticadas, mais de 80% das pessoas com câncer avançado perdem peso.
A perda de peso também está associada à falta de energia, fadiga, fraqueza e incapacidade para a realização de tarefas cotidianas.
O controle da obesidade relacionada ao câncer, é importante para o conforto e bem-estar dos pacientes, e também tem benefícios junto ao tratamento.