Reposição Hormonal com apenas estrogênio e associada a menor incidência de câncer de mama

A relação entre câncer de mama e reposição hormonal é um tanto controversa. 

Até pouco tempo acreditava-se que a alternativa de tratamento comumente utilizada durante a menopausa aumenta as chances da mulher desenvolver câncer de mama. No entanto, um novo estudo publicado no JAMA, prevê que utilizar estrogênio equino conjugado (CEE) pode diminuir a incidência de câncer de mama:

Assim, para saber mais qual a relação entre câncer de mama e reposição hormonal e como esta pode afetar as mulheres leia o post abaixo.

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O que é reposição hormonal?

Após certa idade o corpo da mulher começa a enfrentar o declínio hormonal, quando seu corpo passa a produzir uma quantidade menor de hormônios femininos. 

Assim, em alguns casos os sintomas podem ser intensos, tendo como alternativa de tratamento a terapia de reposição hormonal. 

O tratamento pode variar de acordo com a necessidade da mulher, dessa forma, alguns utilizam estrogênio e progesterona enquanto outros utilizam apenas estrogênio. E, pode-se inserir no corpo de diferentes maneiras, como comprimidos, adesivos, géis etc. 

Um profissional deve acompanhar a paciente, desde o tipo de tratamento até o tempo em que será utilizado. Nesses casos o exame periódico é imprescindível, especialmente porque o uso prolongado de hormônios era associado a maior incidência de câncer de mama.   

Mas, esse debate ainda é bastante controverso, e novo estudo aponta que a reposição hormonal diminui os números de casos de mama. 

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Incidência de câncer de mama

Segundo o estudo publicado no JAMA, após 20 anos de acompanhamento o CEE está associado a um menor número de casos de câncer de mama e mortalidade pela doença do que mulheres que nunca ingeriram o hormônio.

Segundo pesquisadores, o CEE é um dos primeiros medicamentos farmacológicos que demonstram estar positivamente associado à redução de mortalidade e casos de câncer de mama. 

No entanto, segundo o mesmo estudo, outros hormônios como o MPA se associam ao aumento dos casos de câncer de mama.

Além disso, os doutores responsáveis pelo estudo, Dr. Chlebowski e seus parceiros não excluem a complexidade de seus resultados.

De acordo com eles o estudo tem suas limitações, já que a administração das dosagens foram estrategicas para o estudo, o que torna os resultados não generalizaveis. E ainda, eles reforçam o fato de que o câncer de mama é multifatorial, e sempre há mais de um aspecto que causa a sua incidência.

Em resumo, essa é a relação entre câncer de mama e reposição hormonal. Para mais informações sobre mastologia e afins continue acompanhando o blog!

Câncer de mama e reposição hormonal: quais são as alternativas das mulheres

Após o diagnostico e o sucesso no tratamento contra o câncer de mama, a paciente ainda tem um longo caminho a percorrer para voltar à rotina normal. Entretanto, a reposição hormonal pós-câncer de mama não é seguro para as pacientes.

Isso ocorre porque para se desenvolver o tumor se “alimenta” dos hormônios do corpo feminino. Assim, a melhor alternativa para tratar os sintomas que podem surgir é o uso de medicamentos isolados para cada manifestação pós-câncer.

Este artigo indica algumas alternativas para atenuar os sintomas que podem surgir pós-câncer de mama, e, ainda explica melhor sobre a reposição hormonal.

Reposição hormonal pós-câncer de mama

A reposição hormonal é bastante comum entre mulheres que buscam diminuir os efeitos da menopausa no corpo. Desta forma, uma paciente que se recupera do câncer de mama pode cogitar a reposição, afinal, após o câncer de mama a paciente precisa tomar medicamentos que causam o bloqueio hormonal.

No entanto, a reposição hormonal não é uma boa alternativa para quem acabou de se recuperar do câncer. Pois, para se desenvolver o tumor utiliza, em grande maioria, dos hormônios femininos.

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Sendo assim, a reposição hormonal em pacientes que já tiveram câncer de mama pode aumentar as chances de reincidência da doença. Embora seja a maneira mais rápida de aliviar os sintomas, nesses casos, o mais indicado é o uso de medicamentos para casos isolados.

Os sintomas variam entre físicos e psicológicos, como por exemplo, secura vaginal ou até mesmo a temida depressão. Portanto, nesses casos é comum recomendar respectivamente o uso de lubrificantes vaginais e antidepressivos.

Alternativas pós-câncer de mama

Uma vez que, a reposição hormonal não é uma boa alternativa para o pós-câncer de mama, especialistas apresentam a importância e eficácia de outras opções, que além de diminuir os sintomas, também reduz o risco de recidiva da doença.

Além dos medicamentos que são receitados especificamente para tratar o desconforto de cada sintoma, há também os exercícios físicos, que se mostram bastante eficazes.

Estudos confirmam que praticar algum tipo de exercício físico pelo menos três vezes por semana pode diminuir até 23% os riscos de uma nova ocorrência do câncer de mama.

 Além disso, manter um peso saudável para o corpo é essencial, pois o tecido gorduroso produz mais hormônios femininos na pós-menopausa. Os efeitos dos exercícios físicos são tão eficientes que alguns especialistas o comparam com a quimioterapia.

O tipo de exercício não importa, pode ser desde ioga até musculação, ou qualquer outro. O importante é que sejam praticados regularmente, os benefícios irão aparecer.

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Praticas aeróbica auxiliam na flexibilidade e resistência muscular, melhorando diretamente a circulação periférica e a área cardiovascular. Já os exercícios que exigem força, preserva a massa óssea que pode ser prejudicada durante o tratamento.

Além de tudo, mantes uma alimentação saudável e cortar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros, além de melhorar a qualidade de vida, são essencial para evitar um novo caso da doença.