A Importância dos Exames de Rastreamento para o Câncer de Mama

Os exames de rastreamento para o Câncer de mama e o diagnóstico precoce são extremamente importantes para identificar se a paciente está com a doença e o que ela precisa fazer para tratá-la.

Desse modo, reconhecer os sinais e os sintomas suspeitos do Câncer de mama é essencial para que a doença tenha mais chances de cura. A mamografia é o principal exame de rastreamento que se deve fazer para conseguir identificar essa doença.

Sendo assim, a seguir saiba mais sobre diagnóstico precoce, exames de rastreamento para o Câncer de Mama e como eles funcionam. Lembre-se sempre de que qualquer dúvida que tenha sobre o aparecimento de algum nódulo procure seu médico imediatamente.

Conheça mais sobre diagnóstico precoce e exames de rastreamento para o Câncer de Mama

Fazendo mamografia
Fazendo mamografia

O diagnóstico precoce aborda pessoas com sinais ou sintomas da doença e os exames de rastreamento são feitos em pessoas sem sinais e sintomas sugestivos de Câncer de Mama. Eles têm como objetivo identificar alterações e encaminhar as mulheres que tenham resultados suspeitos para uma investigação diagnóstica.  

Este diagnóstico contribui muito para reduzir o estágio de apresentação da doença. É essencial que haja, entretanto, uma educação da mulher e dos profissionais de saúde para reconhecer os sinais e sintomas do Câncer de Mama.

Desse modo, considera-se como  sintomas e sinais deste tipo de Câncer,  por exemplo:

 

  • A presença de qualquer tipo de nódulo mamário em mulheres que tenham mais de 50 anos;
  • Verificar se há nódulo em mulheres com mais de 30 anos que permaneçam por mais de um ciclo menstrual;
  • Encontrar nódulos mamários de consistência fixa ou endurecida e verificar se aumenta de tamanho em mulheres de qualquer idade;
  • Detectar a presença de descarga papilar com sangue;
  • Presença de lesão eczematosa da pele que não estiver respondendo a tratamentos tópicos;
  • Verificar em homens com mais de 50 anos que tenham uma tumoração palpável unilateral;
  • Apresentar linfadenopatia axilar;
  • A mama aumentar progressivamente com presença de sinais de edema como, por exemplo, a pele com aspecto de casca de laranja;
  • Verificar retração na pele da mama;
  • Perceber mudança no formato do mamilo.

Ao identificar alguns desses sinais ou sintomas procure um especialista da área da saúde para que ele oriente melhor como você deve proceder para tratar a doença, caso os exames apontem que você está com Câncer de Mama.

A seguir saiba mais sobre os exames de rastreamento e como eles funcionam.

Exames de rastreamento para o Câncer de Mama

O exame de rastreamento mais utilizado para identificar essa doença é a mamografia. Recomenda-se principalmente para mulheres de 50 a 69 anos com a finalidade de tratar o Câncer de Mama de maneira mais eficiente caso apareça nos exames.

Este exame de rastreamento pode ser organizado ou oportunístico. No primeiro as mulheres na faixa etária alvo são convidadas formalmente para realizarem exames periódicos, garantindo assim, o controle de qualidade, o seguimento e o monitoramento em todas as etapas do processo.

Já no rastreamento oportunístico, este exame é oferecido às mulheres que chegam de maneira ocasional às unidades de saúde.

O primeiro modelo, contudo, apresenta menores custos e melhores resultados segundo estudos realizados mundialmente pela OMS.

O risco elevado de Câncer de Mama está relacionado à forte predisposição hereditária decorrente de mutações genéticas. O sucesso das ações de rastreamento depende de atitudes, como por exemplo:

  • Mobilizar e informar a população e a sociedade civil organizada;
  • Atingir a meta de cobertura da população-alvo;
  • Oferecer acesso a diagnósticos e tratamentos oportunos com qualidade;
  • Gerenciar e monitorar as ações de forma contínua.

Sendo assim, além dessas atitudes e dos exames de rastreamento é importante aliar as estratégias de diagnóstico precoce a eles. Essas abordagens, portanto, são complementares e ajudam na eficácia da prevenção desta doença.

 

Consulta ao médico
Consulta ao médico

Como realizar este rastreamento?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Câncer de Mama é o mais incidente em mulheres, pois é responsável por 25% do total de casos de câncer no mundo. Ele representa a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. 

Desse modo, indica-se o rastreamento para mulheres:

  • Assintomáticas com risco populacional e idade maior ou igual a 40 anos;
  • Com idade maior ou igual a 25 ou 30 anos assintomáticas com alto risco.

O exame principal de rastreamento para o diagnóstico precoce é a mamografia anual. Este procedimento é rápido, não precisa de preparo e deve ser solicitado para pessoas que possuam alto risco, elas podem também realizar a ressonância magnética das mamas anual adjunta à MMG. Para isto é necessário o contraste endovenoso e caso a paciente tenha contraindicação ao método, é possível realizar uma ultrassonografia complementar à mamografia.

Não é necessário ter receio ao realizar este exame, pois ele não possui contraindicações e não faz mal à paciente. Se houver qualquer tipo de indisposição comunique ao especialista que estiver realizando o exame.

Consulte seu médico para tirar qualquer dúvida que possa ter tanto quanto ao aparecimento de nódulos quanto ao tratamento de câncer de mama.

Conclusão

O diagnóstico precoce e os exames de rastreamento aliados são muito importantes para identificar o câncer de mama em estágios iniciais, pois assim existem mais chances de cura.

Mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos precisam realizar exames de maneira periódica para investigar se há presença do Câncer de mama.

Qualquer alteração nas mamas, principalmente nódulos, é essencial procurar um médico o mais rápido possível para que ele oriente como proceder de forma correta.

Como vimos, a mamografia é muito importante sendo um dos principais exames de rastreamento para obter diagnóstico precoce com a finalidade de descobrir se há o Câncer de Mama e qual a melhor maneira de tratá-lo sempre com a orientação de um médico especialista nesta área.

 

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Fazer mamografia

Rastreamento do câncer de mama com tomossíntese é mais eficiente do que mamografia digital?

Quando é preciso fazer um rastreamento do câncer de mama existe a dúvida qual método é mais eficiente: Tomossíntese ou mamografia digital?

Para saber a resposta disso é necessário saber do que se trata cada um, para que servem e quais as suas diferenças. Depois disso, será mais fácil conseguir identificar qual é o tipo de exame que apresenta uma melhor eficácia.

Desse modo, a seguir, saberemos um pouco mais sobre o que são a tomossíntese e a mamografia digital e a importância delas ao rastreamento do câncer de mama.

  

O que são tomossíntese e mamografia digital?

Aparelho mamografia e Tomossíntese
Aparelho mamografia e Tomossíntese

A mamografia é um exame em que aparece a imagem completa da estrutura das mamas, possibilitando visualizar a anatomia, possíveis nódulos e cistos que podem ser rastreados para detectar o câncer de mama.

Na mamografia digital este exame é feito em ambas as mamas e oferece imagens processadas em dispositivo digital.

A visualização do exame é feita através do computador em que ao ampliar imagens é possível trabalhar de formas distintas, fornecendo uma melhor qualidade de precisão do resultado.

A Tomossíntese ou Mamografia 3D é uma avançada aplicação da mamografia digital que permite uma melhor sensibilidade no exame. Através dela pode-se reproduzir imagens de cortes finos de alta resolução, de aproximadamente 0.5 mm de espessura (planos) e 10 mm (blocos). 

Isto faz com que se consiga uma visualização tridimensional da mama, reduzindo a possibilidade de resultados falso-positivos e também efeitos de sobreposição da imagem em mamas densas.

Além disso, oferece uma melhor definição de microcalcificações e nódulos quando comparamos com a mamografia 2D, aumentando, assim, a fidedignidade da área que o médico analisará.

O equipamento que se utiliza para realizar a tomossíntese é semelhante a um mamógrafo, possuindo um tubo de raios-X que oferece várias imagens bidimensionais em ângulos diversos da mama.

É possível, portanto, reconstruir toda a mama digitalmente através de imagens, com fatias de 1 mm de espessura. Desse modo, esse novo método aumenta a precisão para conseguir um diagnóstico melhor para o câncer de mama.

 

Médica mostrando resultados
Médica mostrando resultados

 

 

 

 

Saiba mais sobre as diferenças entre mamografia digital e tomossíntese.

 

Tanto a mamografia digital como a tomossíntese oferecem imagem tridimensional da mama através do raio-x.

A diferença entre as duas é que a mamografia obtém imagens de diferentes ângulos de cima para baixo e perfil.

Já a tomossíntese consegue visualizar diversas imagens realizando a reconstrução tridimensional das mamas. Isso possibilita uma qualidade melhor, reduzindo efeitos de sombra que aparecem na mamografia, por exemplo.

Nos dois exames é preciso comprimir a mama. A tomossíntese possui melhor capacidade de diagnóstico do que a mamografia principalmente em relação às mamas densas.

O equipamento utilizado para a tomossíntese, portanto, é o mesmo da mamografia tradicional. A diferença entre os dois métodos está na forma como a imagem é capturada. Na mamografia digital a imagem é bidimensional (2D) e na tomossíntese ela é em 3D. 

Ela aumenta as chances de identificar o câncer de mama em pelo menos 30%, principalmente os tumores presentes em mamas heterogêneas e densas. Por este motivo, considera-se esse método um avanço tecnológico surpreendente.

Desse modo, pode-se dizer que a principal diferença entre os dois métodos é que a tomossíntese é um exame mais detalhado que possibilita visualizar detalhes que na mamografia digital 2D nem sempre se consegue perceber.

 

 

Tem diferença na radiação entre os dois métodos?

 

Os índices de radiação caso o médico solicite a mamografia 2D sintetizada e a tomossíntese podem ser menores até do que quando se compara a mamografia comum.

Já se o especialista da área médica pedir a mamografia não sintetizada esses índices podem aumentar um pouco, contudo sempre abaixo do limite que os órgãos reguladores estipulam, como por exemplo, a Food And Drug (FDA).

Conforme a Sociedade Brasileira de Mastologia a média de radiação é de 0,3 MSV.

Depois que se comprime a mama entre as duas placas utiliza-se um feixe de raios-X de baixa energia para obter a imagem desse exame .

Pode-se afirmar, portanto, que esse exame é seguro em ambos os métodos. Se forem combinados, o risco de alta radiação é ainda menor, sendo realizado sempre dentro do permitido pelos órgãos reguladores.

 

 

Qual é o método mais eficiente: Tomossíntese ou mamografia digital 

 

A identificação de nódulos nas mamas densas é uma limitação da mamografia digital convencional. Muitas vezes, as lesões ficam ocultas. Com o exame em 3D (tomossíntese mamária), é possível avaliar a mama em diversas ‘fatias’. Este tipo de avaliação é mais eficaz, dando destaque aos nódulos e outras alterações.

A visualização da mama é tridimensional (3D), sendo fornecidas imagens espaçadas de 1 mm de espessura e reconstruídas com métodos semelhantes ao da reconstrução da tomografia computadorizada.

Devido à fina espessura das diversas imagens que se adquire, elas possuem muitos detalhes, possibilitando a identificação de tumores mais facilmente. Evita-se ainda que os confundam com a sobreposição de estruturas glandulares, o que pode provocar falsos positivos.

Uma das principais vantagens da tomossíntese refere-se à redução na sobreposição do tecido fibroglandular, o que facilita o diagnóstico do câncer de mama mesmo quando o tumor ainda é pequeno.

 Com a finalidade de que fiquem visíveis todas as estruturas. captura-se as imagens  por diversos ângulos É possível ainda fragmentá-las, avaliando cada parte da mama separadamente. Este processo facilita, assim, o diagnóstico precoce com resultados mais detalhados.

Segundo alguns estudos, esse exame aumenta em até 45% a identificação deste tipo de câncer. Isto ocorre mesmo em mamas densas, que são aquelas que possuem mais predominância de tecido glandular sobre o tecido gorduroso.

A soma dos dois tipos de métodos, entretanto, consegue oferecer ao especialista que vai analisar as imagens uma visão mais precisa da lesão.

Sendo assim, para saber qual seria o melhor método é preciso considerar a possibilidade de utilizar os dois como complemento um do outro. Isto permitiria, então, uma análise mais completa e detalhada das imagens com menos incidência de falsos negativos e positivos.