dores, seios, causas, diagnósticos, dores nos seios.

Principais cuidados no pós operatório de mastectomia

Você sabia que a reconstrução mamária é um direito de todas as mulheres com câncer de mama que precisaram passar pela mastectomia? Inclusive, a reconstrução acontece logo após a retirada da mama. 

Além disso, mulheres que possuem planos de saúde também têm o direito de ter a cirurgia reconstrutiva acobertada pelas unidades do plano. 

Abaixo, você pode conferir as leis que determinam esse direito, além de entender melhor sobre o processo de mastectomia. Confira no artigo!

Reconstrução mamária é um direito 

Muitas pessoas não sabem, mas as mulheres que passam pela experiência cirúrgica para o tratamento do câncer de mama e precisam retirar totalmente ou parcialmente a mama, tem direito à reconstrução mamária. 

Isto é, cabe ao Sistema Único de Saúde (SUS), através de unidades públicas ou conveniadas prestar à essas mulheres a cirurgia reconstrutiva de mama, com todas as técnicas e meios necessários para isso, de acordo com o art. 1º e 2º, da Lei n. 9.797, de 6 de maio de 1999.

Ainda que a paciente tenha cobertura de um plano de saúde privado, ela também tem direito a cirurgia de reconstrução mamária pelo SUS, como prevê a Lei art. 1º e 2º, da Lei n. 9.797, de 6 de maio de 1999.

Ou seja, todas as operadoras de saúde devem, por obrigação a prestar serviço de cirurgia plástica reconstrutiva de mama por meio das suas unidades. 

Ainda, em 2013 a Lei n° 12.802/2013 declara que o procedimento deve ser realizado imediatamente após a retirada do tumor, caso a paciente tenha condições clínicas e apresentar os requisitos necessários para a realização.

Por último, em 19 de dezembro de 2018 a Lei n° 13770 informa que quando as condições técnicas possibilitarem, a reconstrução mamária deve ser efetuada durante o tempo de tratamento do câncer. 

Em casos em que não há a possibilidade de reconstrução imediata, a paciente deve ser encaminhada para acompanhamento e terá como garantia a realização da cirurgia reconstrutora quando houver as condições necessárias. 

Isso inclui os procedimentos de simetrização da mama contralateral e reconstrução do complexo aréolo-mamilar que integram a cirurgia reconstrutiva. 

O que é reconstrução mamária?

Entenda como funciona o procedimento de reconstrução mamária. 

 

Em resumo, esse tipo de procedimento cirúrgico tem como objetivo principal reconstruir a mama de mulheres que passaram pelo processo de mastectomia. 

Assim, considera-se a forma, aparência e tamanho da mama da paciente, para que dessa forma aumente a autoestima, confiança e qualidade de vida da mulher, que perde auto estima após retirar a mama.

Para esse procedimento existem dois tipos de técnica principais, que são:

Implante: esse tipo de técnica opta por colocar um implante de silicone por baixo da pele, o que proporciona uma aparência natural da mama.

Retalho abdominal: essa outra técnica retira pele e gordura da região abdominal e usa para reconstruir a mama. Em outros casos, pode-se utilizar retalhos das pernas ou costas, caso o tecido da barriga não seja suficiente.

A escolha de qual tipo de reconstrução é feita a partir da discussão com o especialista. Ele irá avaliar as individualidades da paciente, além do tipo de mastectomia e tratamento contra a doença que foram feitos.

É comum que não seja possível preservar os mamilos, durante a mastectomia, assim, a mulher pode optar por reconstruí-lo 2 ou 3 meses após a cirurgia de reconstrução da mama ou optar deixar apenas o volume da mama, com a pele lisa. 

Isso é comum porque o processo de reconstrução dos mamilos é mais delicado e complexo. Por isso  um médico cirurgião com bastante experiência deve realizá-lo.

Quando fazer a reconstrução

O ideal é que a reconstrução seja feita junto a mastectomia, logo após a retirada da mama. Dessa maneira a mulher não precisa passar por um processo de adaptação psicológica com a sua nova imagem. 

Em alguns casos, no entanto, a paciente precisa fazer radiação para completar o seu tratamento, e, nesses casos, a radiação pode atrasar a cicatrização, recomendando-se que adie areconstrução.

Além disso, quando o tumor é muito extenso, é necessário remover uma grande parte da mama e da pele durante a cirurgia. Nesses casos o corpo precisa de mais tempo para se recuperar, assim também recomenda-se atrasar a reconstrução.

Porém, enquanto não é possível realizar a cirurgia de reconstrução, a mulher pode escolher utilizar outras técnicas para se adaptar, como sutiã de enchimento. Assim elas irão a ajudar a ter mais auto estima e confiança consigo mesma. 

Quando a reconstrução mamária não é feita juntamente com a mastectomia, o tempo de espera na fila do SUS pode ser grande. Por isso, se for possível pelas suas condições, opte por fazer os dois procedimentos junto.

Conclusão 

Contudo, imediata ou não a cirurgia de reconstrução mamária é um direito de toda mulher com câncer de mama que tenha passado por uma mastectomia durante o tratamento da doença. 

Assim, esse você deve exigir esse direito ao SUS e demais planos de saúde. Além disso, deve ter o direito de discutir com o seu médico antes qual a melhor técnica para o seu caso. 

Estar ciente disso, portanto, é fundamental para saber obter através do SUS ou acobertadas pelo plano de saúde. Uma vez que o processo de reconstrução mamária é fundamental para conceder satisfação pessoal e dignidade à pessoa humana. 

Entenda o procedimento de mastectomia feito por Angelina Jolie

Em 2013, a atriz Angelina Jolie, descobriu aos 37 anos, ter uma “falha” no gene chamado BRCA1. Médicos disseram à atriz que ela tinha 87% de chance de desenvolver câncer de mama, o que a levou a optar por realizar a mastectomia redutora de risco.

Ela revelou ao jornal americano, “The New York Times” que passou por duas cirurgias em um intervalo de três meses. Angelina retirou as duas mamas, a técnica utilizada foi o “nipple delay”, ainda que cause mais hematomas, aumenta a chance de salvar o mamilo.

Embora, o assunto tenha ganhado luz desde que Angelina revelou ter optado pela cirurgia, muitas mulheres ainda têm duvidas sobre a mastectomia preventiva. Neste artigo vamos esclarecer algumas delas.

Como é realizada a mastectomia redutora de risco?

Existem diferentes tipos de cirurgia – radical, radical modificada, total, preservadora de pele e preservadora de pele e mamilo. Contudo, em todos os casos a cirurgia consiste em remover os tecidos onde pode ocorrer a formação do tumor, como a glândula mamária e os ductos mamários.

Em pacientes entre 25 e 30 anos, com a remoção dos tecidos mamários, as chances de se desenvolver a doença podem cair em até 90%. Após retirar o tecido, a paciente precisa fazer a reconstrução mamária, e, se necessário, a reconstrução do mamilo.

Entretanto, em alguns casos, pode ocorrer algumas complicações, como o corpo rejeitar a prótese, perda da sensibilidade, ou, os mamilos ficarem desalinhados. Por estes motivos, é fundamental que se tenha um estudo de cada caso individualmente por um profissional, e que se sigam todas as suas recomendações corretamente.

mastectomia redutora de risco

Como saber se devo fazer o procedimento?

A realização da mastectomia redutora de risco só é indicada após uma extensa avaliação da paciente. È levado em conta alguns fatores para identificar se a cirurgia é necessária, como:

– Paciente com histórico particular de câncer[

-Com histórico de câncer na família;

– Pacientes com lesões de risco, identificado através de tomografia ou ressonância magnética.

Um dos métodos mais indicados para verificar se a mastectomia realmente indicada é o mapeamento genético. Assim, a partir de uma análise minuciosa do DNA, é possível então identificar a existência de mutações genéticas como o BRCA1, BRCA2 E p53.

O mapeamento genético não esta disponível no SUS. Na rede particular os gastos variam entre R$ 2 mil e R$ 4 mil reais. Assim sendo, uma vez que haja comprovação pelo médico o alto risco da paciente desenvolver a patologia, o convênio deve a arcar com os custos do exame.

Contraindicações da mastectomia redutora de risco

Embora a cirurgia não seja tecnicamente complexa, com rápida recuperação, deve-se, no entanto, ter em mente que existem outras formas de reduzir o risco de se ter câncer de mama, reservando a cirurgia para último caso.

É essencial manter uma rotina de exercícios físicos, uma dieta saudável e diminuir a consumo de bebidas alcoólicas e cigarros.

MASTECTOMIA PREVENTIVA

Em casos de pacientes fumantes, com comorbidades, obesidade, diabetes ou hipertensão, podem se desenvolver maiores complicações no pós-operatório. Desse modo, nesses casos não se deve fazer cirurgia .

A mastectomia redutora de risco é realizada por um mastologista, associada ou não à cirurgia plástica.