A mamografia é o principal exame para o rastreamento do câncer de mama. Com isso, ao haver alguma alteração nela, solicita-se outros meios para melhor análise. No entanto, estudo afirma que a mamografia 3D reduz a necessidade de pacientes realizarem a biópsia da mama.
Assim, diferente da mamografia padrão, a tomissíntese ou mamografia 3D captura imagens de diferentes ângulos da mama e sintetiza suas imagens em 3D, possibilitando melhor análise.
Dessa forma, pesquisadores tentaram compreender como o exame poderia ser utilizado para diminuir o número de biópsias em mulheres com alterações não cancerígenas na mama.
Para saber mais sobre o estudo leia o artigo abaixo:
Como foi feito o estudo?
A princípio o estudo realizado no Reino Unido e publicado pela revista Radiology contou com a participação de 30.933 mulheres que passaram pelo rastreamento do câncer de mama a partir de vários exames.
Desse número, um total de 1470 foram chamadas novamente para exames adicionais, pois haviam sido notadas alterações em seus primeiros exames.
Após novo afunilamento, em um grupo de 827 mulheres 571 precisaram realizar a biópsia. Mas, entre elas, somente 142 estavam de fato, com câncer de mama.
Isso significa que, as outras 429 lesões encontradas nas mamografias não tinham origem cancerígena. A idade das pacientes analisadas estava na média de 57 anos.
A partir desse acompanhamento realizado entre 2015 e 2016, os pesquisadores se questionaram sobre a influência da mamografia 3D sobre a indicação da biópsia.
Mamografia 3D reduz número de biópsias
Radiologistas analisaram os resultados da mamografia digital sem saber se as pacientes que fizeram ou não a biópsia. Assim, quando dois deles discordam, um terceiro aparecia para trazer uma opinião consensual.
Como resultado, os pesquisadores compreenderam que a inclusão da mamografia 3D nos exames de rastreamento do câncer de mama diminuiria o número de biópsias de 571 para 298.
E ainda, seria capaz de detectar os 142 casos de tumor.
Segundo um dos pesquisadores, a mamografia 3D permite mais precisão para a leitura da alteração. Com ela é mais fácil concluir se a anormalidade presente deve ser motivo de preocupação ou não.
Além de diminuir o número de biópsias de mama e reduzir os danos às mulheres que precisam passar pelo processo de uma falso-positivo, o estudo afirma que a mamografia 3D pode ajudar a identificar qualquer tipo de anomalia na mama.
Conclusão
Em resumo, o estudo comprova que a mamografia 3D reduz o número de biópsias e assim previne a mulher de passar pela experiência de suspeita de câncer.
Mas, vale reforçar a importância dos exames preventivos de rotina, para mulheres acima de 40 anos, os exames devem ser feitos ao menos uma vez por ano. Se você tem histórico de câncer de mama na família, cheque com o seu médico.