alimentação durante tratamento de câncer

Calcificação na mama: saiba tudo sobre essa condição

Você já ouviu falar em calcificação na mama? Essa condição caracteriza-se como o depósito de pequenas porções de cálcio no tecido das mamas. Trata-se, contudo, de uma consequência da deterioração das células desse tecido. 

Ademais, existem diversas causas para o desenvolvimento dessa condição, em que a principal é o envelhecimento. Além disso, fatores como infecções e ferimentos nas mamas, presença de “restos” de leite mamário e algumas doenças também podem ser o motivo da calcificação na mama. 

Embora na grande parte dos casos seja necessário apenas o acompanhamento médico regular, a classificação é fundamental para que haja um diagnóstico e tratamento precoce da condição. Ademais, para melhor entendimento da calcificação na mama, preparamos o artigo a seguir. Confira e saiba mais: 

Como ocorre o diagnóstico de calcificação na mama?

Em geral, a calcificação na mama não provoca nenhum desconforto ou dor na região. Desse modo, não é possível diagnosticar a condição nem mesmo a partir do autoexame. Porém, em outros casos, é possível que as doenças nas mamas causem sintomas como por exemplo: inchaço, coceira e alterações de cor nos mamilos. 

Sendo assim, o diagnóstico de calcificação na mama ocorre através de exames de rotina e imagem, como por exemplo, a ultrassom das mamas e mamografia. Em alguns casos, pode ser necessário realizar biópsia da mama, também chamada de “punção por agulha grossa”. 

Trata-se de um procedimento em que há a retirada de uma parte de tecido para análise em laboratório de presença de câncer. O resultado pode indicar a presença de células neoplásicas ou normais. 

Além disso, a biópsia possibilita a identificação do tamanho e/ou gravidade da calcificação na mama e o melhor meio de tratar o quadro. Indica-se, portanto, para pacientes que possuem suspeita de calcificação maligna. Nesse caso, a melhoria ocorre através de tratamentos como administração de medicamentos e cirurgia de retirada das calcificações.

Quais são os tipos de calcificação na mama?

As calcificações nas mamas são subdivididas em alguns tipos e podem ser classificadas em tamanhos e formatos diferentes. Veja seguir quais são esses tipos:

    • Microcalcificações: Pode estar associado ao câncer de mama em sua fase de início. Tratam-se de estruturas pequenas (menos de 0,5 mm) e que não podem ser palpáveis. Por isso, dificilmente são identificadas por meio do autoexame.  Indica-se, portanto, para diagnóstico, a mamografia.
  • Macrocalcificações: Possuem vários milímetros e formato irregular. Geralmente, associam-se a tumores benignos. Podem ser identificadas em exames de ultrassom e mamografia.

Ademais, esses grupos dividem-se em quatro subgrupos:

  • Calcificações benignas: são as macrocalcificações. calcificações em cicatrizes, pele, entre outros. Recomenda-se para esse grupo a realização de mamografia uma vez por ano. 
  • Calcificações provavelmente benignas: caracterizam-se como calcificação em formato de amorfo. Para essa condição, indica-se uma mamografia a cada 6 meses.
  • Calcificação com suspeita de maligna: são as microcalcificações com forma suspeita. Necessitam de biópsia para identificação.
  • Calcificação altamente suspeita de maligna: também se caracterizam como microcalcificações em formatos e tamanhos variados. Necessitam de biópsia para identificação e pode ser necessário cirurgia de ressecção.

A avaliação médica dos tipos de calcificação é essencial para uma indicação médica adequada.

A calcificação na mama pode se tornar câncer?

Muitas pessoas questionam se a calcificação pode virar um câncer. A resposta é não, afinal, trata-se de um composto químico acelular. Sendo assim, é a apresentação de cálcio no tecido das mamas e não possui relação com a anormalidade das células. Sendo assim, não existe a possibilidade de a calcificação na mama se desenvolver para um câncer.

Por outro lado, as calcificações podem indicar que há câncer no paciente. Em geral, ao notar-se pontos variados e irregulares em exames de imagem, como a mamografia, é possível que o diagnóstico seja confirmado.

As calcificações, portanto, podem ter formação devido ao câncer de mama, com maior proliferação e degeneração. Desse modo, as células mortas causam inflamação e levam a esse acúmulo de cálcio, e formam, portanto, as calcificações.

O tratamento para calcificação na mama

O tratamento é feito de acordo com a classificação e devidas características da calcificação. Em geral, nos casos em que a calcificação é benigna recomenda-se apenas o acompanhamento médico com frequência, em que é necessário realizar a mamografia uma vez a cada ano. Ainda nos casos benignos, essa frequência pode variar de acordo com a indicação de um mastologista.

Já nos casos das calcificações com suspeita maligna, indica-se os exames de imagem, como a mamografia e a ultrassonografia mamária. Neste sentido, caso seja identificada alguma alteração, a biópsia é necessária para identificar a presença de tumores. Sendo assim, após o diagnóstico, algumas possibilidades de tratamento são a administração de medicamentos, radioterapia e cirurgia de remoção da calcificação na mama. 

O resultado da biópsia de calcificações nas mamas

Ao realizar a biópsia das calcificações, o paciente pode receber os seguintes resultados:

  • Calcificação em lesões benignas: nesse caso, há o controle por acompanhamento;
  • Calcificação em lesões malignas: já com esse resultado, pode-se necessitar de tratamento cirúrgico;
  • Atipia: será necessário realizar um aprofundamento de caso, a fim de verificar as possibilidades da calcificação mamária. 

Conclusão

Por fim, vale ressaltar que, nem sempre os pacientes que foram diagnosticados com calcificação na mama possuem uma lesão maligna. Ainda assim, caso haja o diagnóstico de lesão maligna, é possível tratar. Nesse caso, o paciente poderá obter todas as orientações necessárias a partir do apoio de um mastologista. 

Por isso, entender os principais aspectos sobre o assunto é o primeiro passo para obter êxito no tratamento. Além disso, realizar os exames de forma adequada e seguir todas essas recomendações será importante para o progresso na resolução do quadro. 

Vale lembrar também que nem sempre é possível descobrir a presença de calcificação por meio do autoexame. Por isso, é importante que a paciente realize exames de rotina regularmente. Caso você note algum dos sintomas, procure um mastologista. 

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