Câncer de mama hereditário

Câncer de mama é hereditário?

Há casos em que o câncer de mama é hereditário. Não é a única condição para a ocorrência dessa doença, pois a maior parte dos casos acontecem por causa de fatores comportamentais e ambientais.

Aproximadamente 5% a 10% apenas estão relacionados à hereditariedade. Mesmo assim, é muito importante saber como acontece o câncer de mama para essas pessoas, porque identificando as mutações genéticas o médico consegue estabelecer se pode adotar condutas que trazem mais seguranças para a família.

Desse modo, mostraremos como funciona a hereditariedade no câncer de mama, porque é essencial ficar atento às situações indicativas, como se pode prevenir e tratar essa doença.      

 

Câncer de mama é hereditário? Como funciona?

 

Hereditariedade do câncer de mama
Hereditariedade do câncer de mama

Como vimos, o câncer de mama é hereditário sendo responsável por cerca de 5 a 10% dos casos. Por este motivo, é essencial ter atenção a algumas situações relacionadas aos índices de hereditariedade, como por exemplo:

 

  • Ocorrência de câncer de mama em pessoas com menos de 45 anos; 
  • Uma mesma mulher ter essa doença em ambas as mamas;
  • Membros da mesma família com parentesco em primeiro grau ou a mesma mulher ter casos de câncer de ovário; 
  • Vários cânceres de mama na mesma família;
  • Ocorrência de câncer de mama em homem.

 

Entender a importância das mutações genéticas é essencial porque elas estão relacionadas a uma maior incidência deste tipo de câncer, sendo as mutações dos genes  BRCA1 e BRCA2 as mais comuns. 

Eles apresentam um elevado risco para este tipo de câncer, pois a probabilidade de desenvolvê-lo pode variar aumentando de 12% para 87% devido a essas mutações.

É possível identificar essas alterações genéticas realizando os exames moleculares para câncer hereditário (testes genéticos germinativos) em locais especializados.

A confirmação disso irá auxiliar o médico a fazer uma prevenção mais personalizada, tanto para cada paciente, como para as outras pessoas da família que podem ter a mesma predisposição.

Apesar de ser raro, não está descartada a chance de um homem ter câncer de mama por causa dessa condição familiar. Por este motivo, o estudo dessa condição genética é interessante para todos que tenham caso na família, independente de seu gênero. 

A seguir, conheça mais sobre a influência dos fatores genéticos em pacientes que desenvolvem esse tipo de câncer. 

 

Conheça mais sobre os fatores genéticos no câncer de mama

 

Quando o assunto é fatores genéticos deve-se levar em consideração o fato de que há uma diferença entre a genética presente no tecido do tumor e na genética hereditária. 

Desse modo, o que não se pode confundir é que o tumor tem origem nas alterações genéticas locais nos tecidos, contudo, somente uma parte é responsável  por causar a predisposição genética hereditária. Saber sobre essa diferença auxilia os pacientes na compreensão de como é melhor se prevenir.

O câncer de mama se origina geneticamente em todos os tipos de câncer. Isso  acontece a partir de alterações que não deveriam ocorrer nos genes quando há o processo de multiplicação das células. Algumas dessas falhas, no entanto, estão relacionadas a fatores hereditários de predisposição. 

A maior incidência dos tumores se dá através das mutações derivadas de fatores ambientais como, por exemplo, dieta incorreta, desequilíbrios nos hormônios, tabagismo e obesidade.

Essas agressões ambientais que acontecem no decorrer do tempo elevam o risco das alterações celulares nas mamas, muitas vezes causando o câncer. Nesses casos, portanto, não ocorre a transmissão hereditária porque essas alterações acontecem somente nas mamas.

Existem aproximadamente 25 mil genes no corpo humano, dentre eles 20 ou 30 são protetores do câncer de mama na mulher. Quando há alterações hereditárias nos genes desse grupo específico as mulheres ficam mais expostas a agressões ambientais, favorecendo, assim, o surgimento de tumores. Neste caso, a predisposição genética hereditária está presente. A porcentagem de mulheres que podem ter essa condição vulnerável na família é de 10% a 15%. 

Isto não significa, contudo, que a mulher nessas condições apresentará com certeza o câncer de mama. Dessa maneira, não deixe de procurar um médico caso tenha essa condição hereditária em sua família.

Autoexame câncer de mama
Autoexame câncer de mama

Quais são os tratamentos e prevenção deste tipo de câncer nessas condições?

 

Identificar essas alterações ajudam a definir as estratégias que o médico irá usar para tratar o tumor presente nas pacientes com esse tipo de câncer. Além disso, ajuda na prevenção de outros tumores em outros lugares diminuindo, assim, o risco de desenvolver futuras lesões que possam acontecer.    

Além da possibilidade de ter câncer de mama, pacientes que possuem alterações nos genes BRCA1 e BRCA2 podem também ter risco de câncer do ovário, pâncreas e próstata.

Conseguindo identificar essas alterações facilita ao médico ter uma estratégia para tratamentos mais específicos direcionados a seus pacientes de forma personalizada, dependendo de cada tipo de alteração.  

Os estudos e avanço tecnológico das alterações genéticas é importante não apenas para saber sobre tumores de câncer de mama como também outros tumores. Isso acontece porque os testes permitem aos médicos terem mais conhecimentos sobre quais remédios podem utilizar em seus pacientes.  Então, a partir daí,  avaliam a eficácia deles, levando em consideração outras variáveis, tais como o tipo da lesão, idade da pacientes, interações hormonais, características individuais, entre outros.

A melhor forma de prevenção da doença nesses casos é procurar um médico geneticista. Ele irá orientar melhor se há a necessidade de fazer a testagem para genes suscetíveis ao câncer. Ao identificar que o resultado seja positivo, outras pessoas da família devem ser orientadas a fazer esses testes também. 

O tratamento é personalizado variando de acordo com cada caso, contudo, normalmente é recomendado realizar exames periódicos, monografias e ressonância magnética para avaliar de forma mais detalhada as mamas, procurando, assim, nódulos e outras alterações. 

Pode haver a necessidade de fazer cirurgias, no entanto, o médico é quem irá orientar melhor seu paciente. Isso será de acordo com o resultado apresentado em seus exames.