Embora a sociedade não pare para pensar no assunto, a saúde mental na maternidade é um ponto de atenção. Afinal, muito se divulga sobre a parte boa de ser mãe e realmente é uma experiência linda, mas também é algo estressante.
Desordens mentais e psicológicas que se associam à maternidade acontecem, ou seja, pode-se falar da depressão pós-parto. Portanto, muitos associam aos hormônios e acreditam ser algo passageiro ou natural, porém será que é assim?
A resposta depende de muitos fatores e também é uma coisa que afeta milhões de pessoas no mundo. Dessa forma, chegou a hora de conhecer mais sobre a saúde mental na maternidade e ter dicas para passar tranquila por essa fase.
Qual a importância de a sociedade debater saúde mental na maternidade?
Pode até parecer algo que acontece só às vezes e raramente, no entanto a maternidade pode trazer problemas psicológicos. Por mais que não se divulgue tanto, já que a maternidade vive sob uma aura sagrada, é preciso ter atenção.
Faltam discussões sérias e profundas sobre a saúde mental na maternidade e por isso o assunto não passa por debates elucidadores. Ao mesmo tempo, a falta de conversas inerentes a esse assunto prejudica as mães e também os filhos.
De acordo com dados da Fiocruz, mais de 25% das mães sofrem de depressão pós-parto após dar à luz. O problema é que não existe só a depressão e sim outras patologias, inclusive podem acompanhar a mãe durante toda a gestação.
Quando a situação complica, acredite: muitas mães tomam a decisão de tirar a própria vida. Mas quando isso vira notícia, na maioria das vezes, vem acompanhado de julgamentos e de muito sensacionalismo da mídia.
Antes de cometer suicídio, algumas delas se automutilam e todo esse cenário de confusão mental pode levar à psicose. Sem estar bem psicologicamente, como que o bebê será cuidado?
É disso que surge a importância de debater saúde mental na maternidade, pois é uma valorização da vida das mães e dos seus filhos. Desse modo, confira a seguir alguns pontos importantes sobre o assunto e veja a relevância deste tema.
Mulheres em situação de vulnerabilidade são as vítimas mais comuns
Todas as mulheres podem desenvolver transtornos mentais durante a gestação e no primeiro ano após o parto. Contudo, as mulheres em situação de vulnerabilidade social têm mais chances de passar por isso, como as que enfrentam a:
- Pobreza;
- Violência doméstica, sexual e de gênero;
- Alta violência das cidades;
- Desastres naturais (deslizamentos de terra, enchentes, etc);
- Baixíssimo apoio social e familiar, especialmente as vítimas de preconceito por serem mães solo.
É frequente que a família não entenda a profundidade do assunto e acabe por julgar mulheres que demonstrem algum sinal. Porém, a boa notícia é que tem tratamento e isso será tratado ao longo deste texto.
Crianças podem ser afetadas por isso
Se uma mãe enfrenta a psicose, depressão ou qualquer outro mal, algumas consequências graves podem acontecer. No pior dos cenários, o infanticídio acontece, mas há outras situações que possuem maior probabilidade de ocorrer.
É possível que crianças novas sejam afetadas e podem se tornar sensíveis demais ao meio que vivem. Além disso, também podem se influenciar pela qualidade dos cuidados que têm e tudo isso demanda atenção.
Quando as mães passam por tudo isso, a chance de as crianças serem prejudicadas é gigantesca. Nesse contexto, a doença mental prolonga ou dificulta bastante o apego mãe-bebê, o cuidado infantil e até mesmo a amamentação.
Destaca-se ainda os problemas familiares que afetam os bebês na idade adulta. Assim, a gestação é um período que causa mudanças no corpo da mãe e também na mente dela.
A saúde mental na maternidade é tratável
Quando a mulher percebe que a gestação traz mais estresse do que prazer, é primordial buscar auxílio psicológico. Em outras palavras, a terapia tem como objetivo tratar esse cenário e melhorar aquilo que a gestante sente em relação à psicologia.
Em casos mais graves, como alguém que enfrenta depressão, síndrome do pânico, TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada), etc, é primordial buscar a psiquiatria para tratar com medicamentos que mitiguem o efeito.
O mais interessante é entender que existe tratamento e com excelentes resultados. Lembre-se: não é preciso sofrer e as mães não precisam se sentir mal por sentirem isso durante a gestação ou no primeiro ano de vida da criança.
Dicas para manter a saúde mental na maternidade e no primeiro ano de vida do bebê
Por fim, é preciso entender algumas dicas que te ajudam a manter a saúde mental na maternidade e no primeiro ano de vida. São elas:
- Pratique atividades físicas com constância: com apoio médico, faça um esporte que te ajude a reduzir o estresse e queimar calorias.
- Procure uma alimentação saudável: coma mais frutas, verduras e beba muita água, coma com equilíbrio e, assim, mantenha a sua saúde.
- Tire um tempo para você: equilibre as suas atividades diárias e não tenha medo de pedir aos familiares para fazerem uma atividade para você descansar.
- Evite muito café, bebidas alcoólicas e drogas: a cafeína tem hormônios que causam estresse, e o álcool e as drogas prejudicam a vida das mulheres.
- Converse sobre o que te preocupa: use sua rede de amigos, familiares e conte com especialistas, em seguida converse sobre esse assunto.
- Frequente grupos de apoio às mães e participe de eventos assim: troque experiências com outras pessoas que passem pelo mesmo, porque isso enriquece o conhecimento.
- Não se isole dos demais: por mais que você queira ficar sozinha após o nascimento do bebê, fique próxima das outras pessoas e conte tudo para o médico.
Você viu a importância da saúde mental na maternidade, conferiu a importância que isso tem e teve as dicas, mas é preciso prosseguir. Caso precise de uma consulta com um mastologista, entre em contato com a nossa equipe.