Sabemos dos benefícios da amamentação para a saúde e desenvolvimento do bebê durante seus primeiros anos. No entanto, estudos comprovam que os reflexos da amamentação também se mostram na vida adulta através de benefícios a longo prazo.
As vantagens vão desde diminuir o risco de obesidade a um maior número de QI (quociente de inteligência). Isso porque a amamentação está relacionada ao desenvolvimento biológico e psicossocial do individuo.
Dessa maneira, continue a leitura para entender mais sobre o aleitamento materno e os reflexos da amamentação na vida adulta.
Importância do leite materno
Especialistas recomendam que durante os primeiros seis meses de vida da criança o leite materno deve ser o alimento exclusivo. Isso porque o leite contém todos os nutrientes necessários para manter o bebê saudável.
Rico em anticorpos, o leite é responsável por ajudar na criação do sistema imunológico da criança e reduz o risco de várias doenças, como por exemplo, diarreia, infecções respiratórias, alergias, o risco de diabetes, e obesidade.
Além disso, amamentar também ajuda no desenvolvimento da musculatura da boca da criança, o que auxilia na hora de emitir os primeiros sons.
E ainda, a amamentação também apresenta vantagens para as mamães, já que reduz o sangramento no pós-parto, reduz o risco de depressão após o nascimento do bebê, e diminui as chances de desenvolver câncer de mama/ovários, entre outras vantagens.
Logo de inicio, o primeiro leite que o bebê toma é mais aquoso, pois, contém maior quantidade de água para saciar a sede da criança. Após isso, a gordura é a responsável por saciar a criança e fazer com que ganhe peso.
O aleitamento materno é importante para criar vinculo entre a mãe e o bebê que se conectam através desse ato. Entretanto, não é só durante a infância que a amamentação apresenta vantagens para a criança, pesquisas recentes relatam os reflexos da amamentação na vida adulta.
Reflexos da amamentação na vida adulta.
Desde 1982 a Universidade Federal de Pelotas estuda sobre os reflexos da amamentação nos indivíduos. Assim, durante todos esses anos pesquisadores acompanharam em média 3,5 mil pessoas para comprovar o efeito que o aleitamento materno teve em suas vidas.
Em resumo, o estudo concluiu que as pessoas que amamentaram por mais tempo alcançaram maior nota em testes de QI em sua vida adulta. Entretanto, não há concordância quanto a real ligação da amamentação com o desenvolvimento cognitivo desses indivíduos.
Assim, esse pode ser resultado do valor nutricional do leite ou do vínculo e estímulo que a criança recebe enquanto interage com a mãe. No entanto, além de maior desenvolvimento cognitivo, essas pessoas apresentaram também maior nível de escolaridade e de renda.
A mesma universidade descobriu que a amamentação também diminui os riscos de desenvolver obesidade na vida adulta. Isso porque o aleitamento materno se associa a um maior índice de massa magra.
Já um australiano após acompanhar 2,5 bebês por 21 anos chegou à conclusão que manter a amamentação por no mínimo quatro meses ajuda de maneira direta a diminuir a diabetes na fase adulta.
Em resumo, concluímos que os benefícios da amamentação não somente aparecem na primeira infância da criança, como perdura durante toda a vida.