Câncer de mama durante a gravidez: qual o tratamento?

Muitas mulheres têm dúvidas sobre o câncer de mama durante a gravidez. Portanto, hoje vamos esclarecer os pontos principais sobre esse assunto.

Durante a gravidez, é muito raro a mulher desenvolver um diagnostico de câncer mamário. Assim, os médicos estimam que apenas uma a cada três mil gestantes tem o diagnóstico da doença. No entanto, esse número vem aumentando a cada ano, o principal motivo é que as mulheres estão optando em engravidar após os 40 anos de idade.

Ou seja, grande parte dos diagnósticos de câncer de mama realiza-se em pacientes com idade superior a 40 anos, idade considerada fator de risco para a doença. Contudo, existem muitas dúvidas em relação ao câncer de mama durante a gravidez. Geralmente essas dúvidas estão ligadas, ao tipo de tratamento realizado, aos sintomas e diagnóstico. Portanto, leia esse artigo, pois vamos responder essas e outras questões.

câncer de mama durante a gravidez

Tratamento para o câncer de mama durante a gravidez.

Em primeiro lugar, devemos estar cientes que o tratamento para o câncer mamário no período gestacional pode ser feito da mesma forma, que é realizado em pacientes não gestantes. Assim, esse tratamento deve ser realizado de acordo com o período gestacional, para que não prejudique a formação do bebê. Por exemplo:

1° Trimestre: Período de gestação de até 12 semanas, indica-se o procedimento cirúrgico para retirada do tumor.

2° Trimestre: O médico pode realizar além da cirurgia a quimioterapia, que pode ser feita nesse período da gestação sem prejudicar o bebê.

3° Trimestre: Também se indica a cirurgia ou a quimioterapia.

Pós parto: Após o nascimento do bebê, a paciente pode incluir em seu tratamento a radioterapia, procedimento que não pode ser feito em nenhum dos períodos de gestação.

Mas, quando o tratamento indicado é a radioterapia, mais uma dúvida surge, posso amamentar realizando esse tipo de tratamento? Infelizmente, quando a paciente desenvolve o câncer de mama durante a gravidez ela não pode amamentar, ao contrário de uma paciente que já se curou do câncer de mama e após um tempo engravidou.

Como pode ser realizado o diagnóstico de câncer mamário durante a gestação?

É muito importante que se realize o diagnóstico precoce do câncer de mama em qualquer circunstância. Dessa forma, a paciente tem mais chances de cura.

Durante a gravidez, é um pouco mais difícil realizar o diagnóstico precocemente, por causa das alterações naturais que as mamas sofrem nesse período. Portanto, em todas as consultas o médico deve realizar o exame físico das mamas.

Caso houver uma suspeita da doença, a gestante pode realizar exames para confirmar ou descartar a possibilidade de um diagnóstico de câncer.

Os exames mais indicados para câncer de mama durante a gravidez são ecografia das mamas e a biópsia. Quando o assunto é o diagnóstico do câncer durante a gestação uma das maiores duvidas é, a gestante pode realizar a mamografia? Claro sem que prejudique o bebê.

 Portanto, a resposta é sim, a mamografia também é uma das opções de exames para a gestante, a única diferença é que se indica na hora de realizar a mamografia, que a paciente use um avental de chumbo para proteger a barriga.

Sintomas do câncer de mama, no período gestacional.

Os sintomas do câncer mamário são os mesmos durante a gravidez. No entanto, as mamas apresentam alterações naturais por causa da gestação, como por exemplo, aumento de tamanho, dor e sensibilidade e densidade. Mas, é importante se atentar a outros sinais como:

  • Vermelhidão;
  • Nódulo sólido e palpável;
  • Secreção que sai pelo mamilo (que pode ser sangue ou pus).

Amamentação: benefícios que vão além da vida do bebê

Você sabia que além de vários benefícios para o bebê, a amamentação diminui as chances de a mãe desenvolver o câncer de mama? Portanto, leia e saiba mais.

Amamentar é um ato de amor e carinho, afinal, é no período da amamentação que a mãe cria laços com o seu bebê. Dessa forma, para o recém nascido o leite materno é o único alimento que ele precisa até os seis meses de vida. Pois, contém todos os nutrientes e vitaminas essenciais para que o bebê se desenvolva com saúde.

No entanto, a amamentação não beneficia somente o recém nascido, a mãe também usufrui de vários benefícios, dois deles é a redução no risco de desenvolver o câncer de mama e o câncer de ovário. Portanto, vamos descobrir todos os benefícios que a amamentação traz, tanto para o bebê quanto para a mãe.

amamentação e câncer de mama

Benefícios da amamentação

Para o recém nascido:

  • É um alimento completo, que fornece todos os sais minerais, nutrientes e vitaminas que a criança necessita nos seus primeiros seis meses de vida.
  • Ajuda a diminuir os períodos de cólica.
  • O leite materno é um alimento muito importante para a formação do sistema imunológico.
  • O movimento de sucção que o bebê faz para se alimentar o ajuda a desenvolver a arcada dentária.
  • Ajuda a prevenir doenças crônicas como, por exemplo, obesidade, alergias, intolerância a lactose e glúten, artrite reumatoide e asma.
  • No leite materno há uma molécula conhecida por PSTI, capaz de reparar e proteger o intestino sensível dos bebês.

Para as mães:

  • Protege contra a anemia.
  • Ajuda para o desprendimento total da placenta, e contribui para que o útero volte ao seu tamanho normal. Assim, evitando um sangramento em excesso.
  • Com a amamentação a mãe fica protegida contra o câncer de ovário e o câncer de mama.
  • Reduz os riscos de desenvolver diabetes e doenças cardíacas.
  • Ajuda a emagrecer, isso acontece pelo fato de consumir cerca de 800 calorias diárias.
  • Reduz os riscos de depressão pós parto.

Por qual motivo a amamentação reduz o risco da mãe desenvolver o câncer de mama?

Pesquisas afirmam que amamentar reduz em até 4,3% os riscos de câncer mamário ao ano. Ou seja, se a amamentação for feita ate os dois anos da criança, a porcentagem aumenta para 8,6 % de redução dos riscos para o câncer de mama.

 Assim, isso acontece pelo fato da amamentação retardar a ovulação e por conseqüência diminuir os níveis de hormônios. Ou seja, quanto mais ovulações, mais chances de células mutantes se formarem.

Mas, mesmo que o ato de amamentar seja realizado por anos e os riscos de se desenvolver o câncer de mama diminuam, é importante não deixar de fazer um acompanhamento regular com o médico mastologista e garantir que esta tudo bem com a sua saúde, além de realizar exames preventivos.

A amamentação traz benefícios para a vida toda

O leite materno além de ser essencial para o recém nascido nos seus primeiros anos de vida a se desenvolver com saúde, ele fornece vários benefícios que vão ajudar a criança até a sua fase adulta.

Portanto, vamos citar alguns desses benefícios para que você entenda a diferença que o ato de amamentar irá fazer ao longo da vida do seu bebê.

  • Previne patologias que afetam o metabolismo como, por exemplo, pressão alta, colesterol alto, diabetes e obesidade.
  • Ajuda no desempenho cognitivo.
  • Evita o desenvolvimento de problemas comportamentais.
  • Diminui os riscos de doenças respiratórias.

Prótese mamária influencia na incidência de câncer de mama?

Você com certeza em algum momento já se perguntou, prótese e câncer de mama podem estar associados? Portanto, leia esse artigo e tire todas as suas dúvidas.

Em primeiro lugar, as cirurgias para aplicação de próteses mamárias, que na maioria das vezes tem a finalidade relacionada a estética ou a reconstrução da mama, vem crescendo muito no mundo todo. No entanto, infelizmente por alguns fatores os diagnósticos de câncer de mama também estão em crescimento.

Dessa forma, as questões que estão ligadas à prótese e câncer de mama estão se multiplicando e por causa dessas dúvidas o medo da existência de uma relação entre os dois esta assustando e fazendo com que as mulheres até desistam da idéia de colocar uma prótese. Portanto, o primeiro ponto do nosso artigo irá esclarecer se realmente há uma ligação entre prótese e câncer de mama, confira.

prótese e câncer de mama

Prótese e câncer de mama existe alguma relação?

Em 2017, uma reportagem foi divulgada no jornal The New York Times, essa notícia teve como base informações de médicos, que estavam associando o uso de silicone a um tipo muito raro de câncer. Assim, o câncer conhecido por linfoma anaplásico de grandes células gerou muito medo em quem já tinha prótese mamária e também em quem pensava em colocar silicone.

 Na época, se comprovou que pacientes diagnosticadas com esse tipo de tumor raro, haviam colocado a prótese a cerca de oito a 10 anos. Mas, na verdade esse não é um tipo de câncer de mama. Ele é um tumor que atinge os linfonodos e pode se espalhar para a pele.

Atualmente, ainda não se determinou o que realmente causa esse linfoma. Mas, há algumas especulações que indicam que as causas principais estão associadas ao tipo de material da prótese e a técnica cirúrgica usada.

No entanto, as pacientes diagnosticadas com linfoma anaplásico de grandes células, apresentam sintomas que se assemelham ao câncer de mama. Por esse motivo, muitas pessoas pensam que prótese e câncer de mama estão associados.

A prótese mamária pode retardar o diagnóstico de câncer de mama?

Em primeiro lugar, é importante saber que tanto as mulheres com prótese quanto mulheres sem, devem ter os mesmos cuidados com as mamas. Dessa forma, você deve seguir todas as recomendações para evitar um diagnóstico indesejado.

Portanto, faça o acompanhamento com o médico mastologista, se você tem prótese informe o médico. Você também deve realizar o autoexame, e exames de imagem como, por exemplo, mamografia, ressonância e ultrassom das mamas.

Assim, da mesma forma que não tem relação entre prótese e câncer de mama, graças ao avanço da tecnologia a prótese mamária não retarda e nem interfere em um diagnóstico de câncer mamário.

O tratamento para câncer mamário é o mesmo para quem tem silicone?

O tratamento do câncer de mama é feito de acordo com o grau em que o tumor se desenvolve. Portanto, não entre em pânico se você tem silicone, isso não irá interferir no seu tratamento.

Dessa forma, o mais importante é um diagnóstico precoce da doença, para aumentar as chances de cura. O tratamento pode ser feito à base de quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia ou procedimentos cirúrgicos conhecidos por mastectomia, que devem ser indicados pelo médico mastologista.

Assim, em caso de suspeita ou sintomas de câncer de mama procure o médico o mais rápido possível, e claro faça um acompanhamento regular e realize exames preventivos para o câncer de mama, cuide da sua saúde.