O Mastologista trabalha em parceria com o oncologista, que é o clínico da pessoa com câncer. Normalmente, o Mastologista não é oncologista, apesar de também possuir conhecimentos nesta área.
Mês: fevereiro 2021
Todo Mastologista é Ginecologista?
Apesar da proximidade com a área da Ginecologia, muitos Mastologistas tem formação em cirurgia geral.
Mastologista atende homens?
O Mastologista também atende homens, caso exista alguma alteração que necessite dos cuidados desse profissional. Lembrando que os homens também possuem mamas e que, embora raro, também podem ter câncer de mama.
Como prevenir doenças das mamas?
A prevenção das doenças da mama passa pelo controle de fatores evitáveis. Esses fatores, apesar de serem amplamente discutidos, encontram, por vezes, muitos obstáculos para serem combatidos. Abaixo, as principais atitudes para prevenção:
Controle do peso: o aumento do peso corporal também aumenta o risco para vários tipos de câncer, incluindo o de mama.
Combate ao fumo/tabagismo: segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são liberadas mais de 4.700 substâncias tóxicas no ambiente ao fumar!
Alimentação saudável rica em frutas e legumes, diminuindo o consumo de álcool e de comida processada (por exemplo:enlatados, embutidos).
Faça atividades físicas e diminua o estresse.
O que é Ginecomastia?
Ginecomastia é o crescimento de mamas em homens. Muitas vezes, a ginecomastia pode significar um sintoma de alguma doença de base: alcoolismo, doenças do fígado ou dos testículos; abuso de drogas ou tratamento com alguns tipos de medicamentos. Deve ser feito, ainda, a distinção com ganho de peso ou com o depósito de gordura nessa região (lipomastia).
Quais são as alterações e Doenças de Mama mais comuns?
As alterações mais comuns compreendem dor mamária, mastites (que são a inflamação da mama), nódulos, cistos, microcalcificações, galactorréia (saída de leite), descarga mamilar hemorrágica (saída de secreção com sangue), abscessos (ferida com pus, mais conhecida como furúnculo), mamas axilares (excesso de tecido mamário nas axilas), ginecomastia (crescimento de mamas em homens) assimetrias (tipo de alteração na mamografia) e câncer de mama.
O que posso tratar com o Mastologista?
O Mastologista cuida de doenças benignas e malignas das mamas. São alterações frequentes: mastalgia, também conhecida como dor mamária, que pode ocorrer como “ fisgadas” ou ainda, percebida como desconforto (queimação/ardência), que ocorre com mais frequência próximo ao período menstrual.
Dificuldade durante o período da amamentação: os cuidados com as mamas devem ser incluídos durante o período do pré-natal. Nódulos e cistos também são alterações frequentes. O Mastologista também é responsável pelo tratamento do paciente com câncer de mama.
É o Mastologista que realiza a cirurgia para a retirada de nódulos benignos e malignos, além de outras alterações.
Alguns Mastologistas também realizam a reconstrução da mama (“cirurgia plástica reconstrutiva”) após a cirurgia do câncer de mama.
Com que frequência devo ir ao Mastologista?
Não é preciso que as pacientes tenham necessariamente alguma doença para consultar o Mastologista. Pela Sociedade Brasileira de Mastologia, toda mulher após os 40 anos deve ser examinada por um mastologista e ser submetida a uma mamografia anualmente.
Algumas alterações podem requerer acompanhamento até de seis em seis meses ou anual. Além disso, mulheres com histórico familiar positivo para câncer de mama (por exemplo: mãe e/ou irmã) devem iniciar o acompanhamento mais cedo.
Tecido adiposo pode impedir o efeito da radioterapia em pacientes com câncer de mama
De acordo com pesquisa publicada no jornal da FASEB (Federação das Sociedades Americanas para Biologia Experimental) em maio de 2017, a irradiação repetida no tecido adiposo da mama produz uma resposta inflamatória que, em última instância, reduz a eficiência da radioterapia em pacientes com câncer de mama. Esta pesquisa baseou-se em uma descoberta recente de que existe uma interação inflamatória entre tumores mamários e tecido adiposo.
“Pacientes freqüentemente recebem um total de 25 sessões, diárias, de radioterapia em toda a mama após o tratamento cirúrgico. Esta medida visa garantir que todas as células restantes de câncer de mama sejam destruídas”, disse David N. Brindley, Ph.D., professor no Departamento de Bioquímica da Universidade de Alberta do Canadá. Durante este tratamento, o tecido adiposo libera autotaxina, uma enzima que inicia uma resposta de cicatrização de ferida. Esta resposta acaba protegendo as células cancerosas remanescentes, permitindo que os tumores se estabeleçam e resistam ao tratamento.
Para testar essa idéia, Brindley e colaboradores expuseram o tecido adiposo de ratos e humanos às doses de radiação esperadas durante a radioterapia. A radiação produziu um aumento na autotaxina e uma resposta inflamatória de cicatrização de feridas. Os pesquisadores identificaram vários agentes que poderiam ser usados para bloquear a inflamação e diminuir a resposta de cicatrização de feridas, o que eles esperam que possa melhorar a eficácia da radioterapia.
“Esta é uma descoberta potencialmente importante em relação à eficácia da radioterapia no câncer de mama”, disse Thoru Pederson, Ph.D., editor chefe do The FASEB Journal.
Antidiabético oral inibe câncer de mama resistente a múltiplos fármacos
A droga metformina, globalmente prescrita para tratar diabetes tipo 2, protege as células de câncer de mama de desenvolver resistência a múltiplos fármacos (RMF) e pode reverter a mesma após a sua aparição. Este estudo foi publicado na revista PLOS ONE pelo Dr. Terra Arnason da Universidade de Saskatchewan, Canadá.
Estudos anteriores mostraram que a metformina possui alguma atividade antiproliferativa contra múltiplos tipos de células cancerígenas. Além disso, estudos de meta-análise clínica em pacientes com câncer que já tomam metformina para tratar diabetes têm sugerido que o medicamento possa aumentar a sobrevida e prevenir o surgimento de novos tumores.
Arnason e colaboradores avaliaram o efeito da metformina na linhagem celular de câncer de mama mais estudada, a MCF7. Eles descobriram que a metformina teve um efeito antiproliferativo na MCF7, incluindo as células que eram resistentes ao quimioterápico Doxorrubicina. Quando as células foram pré-tratadas com metformina, o desenvolvimento da resistência ao fármaco foi prevenido ou atrasado. Além disso, experiências realizadas em culturas de células e/ou modelos animais de câncer de mama agressivo revelaram que a metformina reverteu marcadores de proteínas associados à RMF após o seu início.
Esses achados estabelecem que a metformina tem o potencial de reverter a RMF na linhagem celular estudada e prevenir seu início. Pesquisas futuras precisarão estender o cronograma do estudo para acompanhar as células cancerosas por muitos meses e determinar se o efeito da metformina é permanente ou de curta duração